domingo, 29 de setembro de 2013

A Língua de BELCHIOR (Velha Roupa Colorida)




"Nu preseenti, a menti u corpu é direntî. I u passadu é uma roupa que não si vestî mais" BELCHIOR

É assim que Belchior fala. E fala bem !

Por que o português não se escreve como se fala ? Trocamos "E"s por "I"s. E  quem fala "Nós" ou  estar"  ao invés de "Nois" e " tâ"? Ou "madeIra" ? Sem falar nos " tava" e outros. A língua precisa rejuvenescer. E para os que não são a favor, que vá escrever PHarmacia ou Ellê .

Ahhh Conservadores e impositores, MATA-LOS-EI !

Todos entendem quando a mulher na padaria fala "Aqui que ponha crédito". Todos.
Provavelmente todos amigos dela falam assim.
Exigir que todos falem igual as pessoas do seu ou de determinado grupo é um absurdo !!!
Inclusive, despersonifica e acultura. Imaginem um nordestino com sotaque carioca. Um pedreiro falando igual professor de português.
As necessidades da pessoas são diferentes, e isso, também serve se falando linguisticamente.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Conversa com Pinguim, o gato



- E ae, pinguim mano? Vamo dar um role?
- ......
- Ta bom vamo ficar deitado mais um pouco .
- .....
- Pô. Tu num cansa não.
- .... miauuu....
- Tô ligado. Então vamo dar um role.
- ....
- Mudou de ideia?
- ...
- Veio. Tu é muito caladão. Deveria se expressar mais.
- .....
- Devia fazer Teatro.
-....
- Mas te respeito. Tu é na sua.
- .....
- Tá. Vamo sair.
-....
- Sei lá. Só andar.
- ....
- Faz assim eu te sigo. Só pra variar.
- .....
-.....
- Só. Tô ligado.
- ....
- Mano, vou entrar ai não ,nem conheço o pessoal dessa casa.
- ....
- Volta. Volta.

- Às vezes acho que ele nem tá me ouvindo !!!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Vo ti cunta uma historia di térrorr .



Uma vez eu tava mais eu, sozinho em casa pitando um fumo. Pitando não que eu ainda tava dexavando u safadu.
De rrrrrepenî ouço um barulho. Paro prestu tenção e nada. I depois a mesmíssima coisa. E assim foi si siguindûu.
Nada. Nada. Silêncio....
De repente, alguma coisa. I dim novu.
Saí. Não por medu não que so cabra mai valentî de São Joaquim du bote grande, protetor das alma dos valente adoecido.
Fui em casa de cumpâdi Tales. Aquele Talês, amigo de fralda e farra, hoje brutão ingual eu.
- O cumpadi , Bão ?
- Bão !
- Tava em casa mais eu...e vim da um dedo de prosa.
- Tu ta com cara de medu isso sim cumpadi.  Tava suzinho é. Noite de lua cheia, homem forte fica fraco.
-Oxê, oia o respeitu cumpâdi. Mas num é que sollitude da uma tremedeira danada sô. Mas o problema era solitude não. Era o acompanhamento. Em casa tava eu mais 3 nadas, 7 silêncios e  2 alguma coisa.

O história inútil essa. Mas o homem que não tem medo do nada, não é homem. Nada pode dar mais medo do que não ser, mesmo até ser errado.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Conversa com o medo

Esses dias eu e  medo conversando

- Que qui você ta fazendo aqui ?

- Eu? Eu nada! Eu você ?

- Tão pouco!
- Mas tu num podia ir indo não ?

- Eu? Posso não. Porque num vai embora você!

- Já pensei. Mas num dá não. Eu tenho que ficar.

- Pois eu também.
- Você me traz muitos problemas.

- Eu? E aquela vez que tu tava de dengo com muie casada. E depois, outro dia inventou de pular de paraquedas .Tu quase me mata.

- Tu , quase que me mata. Me deixa, cara.

- Pois num deixo.

- Como num deixa. Um dia há de deixar

- Vamo apostar ?

- O que ?

- Tudo.

- Tudo é muito.

- Está com (o) medo é ?


- ...... Tô.