terça-feira, 19 de novembro de 2013

GREVE GERAL - PRIMEIRO DIA



Greve geral anunciou Evaristo José de Albuquerque Pinto FIlho, o Zezinho, num grito no meio da Avenida Deserta de São Paulo no alto da madrugada, sem número. Não havia jornal para noticiar, isso não era notícia.

Seu padoça parou a batucada que rolava um chico no Bar de mesmo nome. Partido Alto do samba sentiu na pele e parou o Tan-tan.

A pele arrepio, rasgou o atabaque. O Camdomblé parou no Pelorinho Novo, onde as surras eram implícitas, mas o gritos eram os mesmo.

O teatro tava lotado em São José do Nazaré  em Pernambuco, mas os atores não entravam.O silênico mudo restou. O diretor foi embora ver Tevê.

No MASP continuavam as exposições de artistas mortos. Nas ruas a música morreu no Brasil.
A Arte morreu.

Ninguém sambava, não havia teatro, não tinha desenho ou pintura. Era um dia trágico no Brasil, mas ninguém sentiu, porque a greve foi anunciada muda.

Seu Padoça no Rio que mal sabia ler, leu nas estrelas, que não haviam aquela noite, que vinha chuva forte amanhã. Era dia Triste, porquê ainda não sabia, mas a arte havia morrido.


Continua......

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