domingo, 17 de novembro de 2013

FESTA ESTRANHA, GENTE ESQUISITA !

O silêncio tocou a campainha.
Como ela não funcionava a algum tempo nada se ouviu. Eu tentei não deixa-lo entrar, mas ele entrou mesmo assim. Ficou quieto num canto, mas sua presença era tão intensa que dominava o ambiente inteiro.
Logo chegaram os pensamentos fazendo barulho. Não bateram, entraram direito. Fizeram arruaça, gingaram e dançaram. Aparentemente se dão bem com o silêncio.
Começaram todos a beber os fracassos passados.
Os sonhos foram embora cedo, são fracos para bebida.
No meio da noite , plenamente embriagada por inúmeras doses de fracassos, a festa já era irreconhecível. Nem parece que os sonhos estiveram lá. Estavam distantes.
De repente a música começa, triste e feliz ao mesmo tempo. Dá um ânimo.
Mas as doses de fracassos passados baratos são um vício que o silêncio e os pensamentos se afundam como num vinho de boa safra.
O fracasso lhe subiu a cabeça.
Logo, já haviam esquecido a música.
E estático chorou...
As lágrimas bailaram pela bochechas e se beijaram no queixo.
O grito ficou entalado na garganta, mudo.
Os pensamentos se foram. O silêncio ficou.
Os sonhos voltaram pouco a pouco, com promessa de trazer outros pensamentos e mais bebida.

9 comentários:

  1. Valeu pessoal. Isso é mó incentivo para mim .

    ResponderExcluir
  2. Achei a melhor até agora, Adam. Parabéns!

    ResponderExcluir
  3. Nossa, Adam, gostei demais. Tenho uma definição de arte de um professor do colegial, que dizia ser aquilo capaz de te despertar um sentimento, e o seu texto me despertou vários! Sério, adorei!

    ResponderExcluir
  4. Obrigado, Noga e Alexis. Continuarei escrevendo. Hehe

    ResponderExcluir