O silêncio tocou a campainha.
Como ela não funcionava a algum tempo nada se ouviu. Eu tentei não deixa-lo entrar, mas ele entrou mesmo assim. Ficou quieto num canto, mas sua presença era tão intensa que dominava o ambiente inteiro.
Logo chegaram os pensamentos fazendo barulho. Não bateram, entraram direito. Fizeram arruaça, gingaram e dançaram. Aparentemente se dão bem com o silêncio.
Começaram todos a beber os fracassos passados.
Os sonhos foram embora cedo, são fracos para bebida.
No meio da noite , plenamente embriagada por inúmeras doses de fracassos, a festa já era irreconhecível. Nem parece que os sonhos estiveram lá. Estavam distantes.
De repente a música começa, triste e feliz ao mesmo tempo. Dá um ânimo.
Mas as doses de fracassos passados baratos são um vício que o silêncio e os pensamentos se afundam como num vinho de boa safra.
O fracasso lhe subiu a cabeça.
Logo, já haviam esquecido a música.
E estático chorou...
As lágrimas bailaram pela bochechas e se beijaram no queixo.
O grito ficou entalado na garganta, mudo.
Os pensamentos se foram. O silêncio ficou.
Os sonhos voltaram pouco a pouco, com promessa de trazer outros pensamentos e mais bebida.
Muito bom!
ResponderExcluirshow Adam! Parabens!
ResponderExcluirValeu pessoal. Isso é mó incentivo para mim .
ResponderExcluirAchei a melhor até agora, Adam. Parabéns!
ResponderExcluirNossa, Adam, gostei demais. Tenho uma definição de arte de um professor do colegial, que dizia ser aquilo capaz de te despertar um sentimento, e o seu texto me despertou vários! Sério, adorei!
ResponderExcluirNossa, mo. Obrigado mesmo. Que lindooo
Excluirgostei!!
ResponderExcluirMuito bacana! Parabéns, Adam!
ResponderExcluirObrigado, Noga e Alexis. Continuarei escrevendo. Hehe
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